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Dádiva
A presente reflexão trata das relações interpessoais estabelecidas entre duas pessoas, focando a ligação dos vínculos gerados nesse relacionamento; tendo como aporte teórico a Teoria da dádiva, de Marcel Mauss.
Destaca-se a importância da interação pessoa/pessoa como o principal constituinte da estrutura na qual se apoiam incondicionalmente.
A Dádiva representa o último expoente de entendimento entre dois seres onde estão incluídos a tolerância, compreensão, paciência.
É como se alimentasse-mos diariamente uma flor, que precisa de água, luz etc.
A dádiva incondicional a um ser humano é a forma mais bonita de amar, cuidar sem limites, é o estar atento, presente, é o dar-se sem contrapartidas.
Para que uma pessoa chegue a este estágio, muitos são os processos de transformação em termos de personalidade/ego.
A Dádiva é o estar atento, é o querer fazer bem, é o querer provocar prazer, é o sentir-se satisfeita põe ver o outro feliz.
O leitor ao ler estas linhas fica com a sensação que é algo inatingível mas, é mais fácil do que parece.
Muitos têm sido os casos de aconselhamento matrimonial que tenho feito, e posso dizer que existe um grande número de sucesso nos casos de reabilitação de relações ou casamentos.
É evidente, que neste processo têm que existir dois intervenientes ou seja têm de ser os dois a querer.
Muitas são as cedências que terão que ser feitas de parte a parte, aquilo que eu chamo a morte do Ego.
Quando uma relação é autêntica não existe a necessidade de manifestações de poder, de um mostrar que é melhor que o outro seja, em termos mentais, culturais, profissionais, sociais, ou económico, as pessoas estão juntas simplesmente porque gostam-se e querem partilhar junto o grande desafio que é a vida.