O Caminhar para o Dharma

Desde a primeira respiração estabelece-se um incrível jogo de forças. O Universo é energético, organizado e inteligente. Por sua vez, nós fazemos parte do universo, considerado um mini-sistema que caminha, de um passado, para um futuro ao qual vamos estar ciclicamente condicionados pela energia que trazemos intrínseca desse passado.

Todo o ser humano nasce na hora exata e no lugar certo, em que os raios celestes estão em harmonia matemática com o nosso “Karma” individual. Por isso, como nada é fruto do acaso temos de compreender a razão das nossas dores. Os ‘Trânsitos’, ciclicamente, vêm despertar esses jogos de força, levando a que as nossas crises tenham sempre uma razão cósmica. Por conseguinte, não importa julgar ninguém, nem criticar quem quer que seja, mas perguntar o porquê de atrair, nas nossas vidas, determinadas situações. Nós atraímos tudo por ressonância, pela lei da causa- efeito. Existe uma inter-relação vibratória provinda, de todas as pessoas que nos provocam, sofrimento e dores profundas. Na verdade, essas pessoas são os nossos Mestres internos, sem as quais não teríamos aprendido coisas importantes na nossa vida.

A energia tem diferentes níveis vibratórios e de evolução. É um percurso feito da matéria em direção ao espírito – o último expoente máximo a atingir por todo homem iluminado, que poderá levar muitos anos a alcançar.

O Homem tem a capacidade de pensar, decidir e de evoluir. A nossa palavra, por sua vez, tanto pode unir como destruir, consoante o uso que façamos dela. Cada um de nós chegou a um determinado ponto que é o da sua própria individualidade, ou seja, não existe ninguém com o mesmo processo cada ser é único.

A astrologia “Kármica” revela que uma vida não basta para ir do homem primitivo ao homem iluminado, dada a existência de um tempo cósmico que nos poderá levar a muitas existências.

Somos todos diferentes e, no entanto, todos iguais, na medida em que pertencemos todos à mesma centelha divina e todos caminhamos na mesma direção, ou seja, para a nossa própria evolução. É o caminhar da violência para a não-violência. É este o objetivo da nossa reencarnação, ao qual corresponde o nosso horóscopo.

Precisamos de entender de onde vimos, quem somos e para onde vamos. Só com a aceitação do nosso processo de mudança é que poderemos ver a vida a revelar-se na sua plenitude e alcançar a liberdade e a felicidade que tanto desejamos.

A felicidade e harmonia é um processo de construção, do nosso próprio ser e não no mundo exterior.

É Taróloga, Astróloga e perita na Mesa Radiónica. Formada pelas escolas mais conceituadas do país, é também conhecida pela sua presença na Praça da Alegria.